Como um blog especializado em saúde, interessado na divulgação de ideias, tudo o que queremos ter é leitores. De preferência, leitores ativos e participantes. O terreno em que disputamos este nobre personagem – Sua Excelência, o Leitor – todavia, é muito populoso e disputado. Alguns nos sugerem: postem suas mensagens também no Facebook, a famosa rede social que hoje em dia virou praticamente sinônimo de internet. Temos nos recusado e pretendemos nos manter afastados disso. Querem saber o por quê?
Entre outras razões, porque na mídia, em geral, as notícias forjadas podem ser rebatidas e denunciadas, enquanto nesta grande rede social se a pessoa não integrar a comunidade à qual essas mentiras são direcionadas, é provável que nem tome conhecimento delas. A empresa de Zuckerberg não tem qualquer interesse financeiro em só dizer a verdade, justificando um comentário do jornalista inglês John Lancester: “se o produto for de graça, você é que é o produto”. E ele ainda adverte: “para o Facebook, que diferença faz se as notícias postadas são verdadeiras ou falsas? Seu interesse está no direcionamento dos anúncios, no targeting, e não no conteúdo que os acompanha”. Fakebook, seria um bom nome para a tal rede social.
Mas não é só isso. Outro jornalista, este brasileiro, Abel Reis, da Agência Dentsu Aegis
Network Brasil chama atenção para que a companhia de Mark Zuckerberg foi acusada de ter propiciado a disseminação de notícias falsas que acabaram por contribuir para a surpreendente eleição de Donald Trump. Mas que ao mesmo tempo, pela primeira vez, está sofrendo perdas expressivas de usuários diários nos seus principais mercados (Estados Unidos e Canadá), com o tempo médio de navegação caindo nos últimos meses do ano. A busca da redenção, priorizando publicações “amistosas” (com bebês, casais, viagens etc), desagradou investidores e empresas de conteúdo. E ele acrescenta: “quanto a nós, seguidores, é difícil acreditar que um novo algoritmo melhore automaticamente nosso comportamento”.
Por conta de tais mudanças, a Folha de São Paulo e muitos outros jornalões do mundo estão cancelando sua participação e a divulgação de notícias em tal rede.
Sinceramente, vocês leitores acham que o Facebook seria um lugar adequado para um blog de saúde sério como o nosso?
Saibam mais…